As expectativas
Quando nasce uma criança, nasce junto muitas expectativas. Afinal, esta criança vai crescer, vai comer, vai aprender, vai, vai e vai.
Mas um ponto, algumas vezes, não é notado. O que a criança já “é”! No presente! O “vai”, fica para o futuro.
Na projeção deste futuro entram muitas expectativas das famílias, planejamentos e suposições sobre outra “pessoinha”.
E com certeza esta “pessoinha” vai te decepcionar, não vai seguir estas expectativas que são só suas.
Ela não vai dormir a noite toda, vai chorar “sem motivo”, não vai comer brócolis e tudo bem, pois estes são seus primeiros contatos com o mundo.
Ela não vai cumprimentar as pessoas, não vai querer dividir os brinquedos, vai jogar os objetos no chão e tudo bem, pois regras e convenções sociais são novidades para ela.
Ela não vai querer usar a roupa que você escolheu, vai te contrariar e tudo bem, pois ela precisa exercer oposição para fortalecer sua identidade.
E nós, pais e educadores, estaremos sempre ao lado das crianças pontuando, orientando e principalmente oferecendo exemplo de comportamentos, condutas e atitudes, procurando viver o “agora” de cada etapa, minimizando as expectativas.
As nossas frustrações são do tamanho das nossas expectativas. O filho perfeito não existe, assim como os pais perfeitos também não existem. Vamos construindo nossos papéis pelos erros e acertos e pelas reflexões decorrentes deste processo.
Autor da Tiras: Alexandre Beck, personagem Armandinho
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